Exportações baianas registram em setembro maior valor do ano

Embarque para outros países
Arquivo/JBO/Maurício Maron

Mesmo registrando em setembro seu maior valor em 2015, aproximadamente US$ 894 milhões, e tendo um volume de embarques 8,5% acima de igual mês do ano passado, as exportações baianas tiveram uma receita 13,9% menor comparada ao mesmo mês do ano anterior.

Ainda que as exportações tenham obtido fôlego com a desvalorização superior a 36% do real ante o dólar até setembro de 2015, a redução nos preços dos produtos exportados, que alcançou no último mês, em média 21%, continuou pressionando para baixo os valores dos embarques.

A desvalorização de preços atinge a pauta de forma generalizada, sobretudo as commodities, como derivados de petróleo, soja e metais preciosos, como também os produtos semielaborados e manufaturados como a celulose, petroquímicos, metalúrgicos e automotivos, dentre os mais importantes. O movimento reflete a desaceleração da China e, no caso do petróleo e da soja, uma sobreoferta dos produtos no mercado internacional.

As importações também registraram queda de 15,6% ante setembro do ano passado, refletindo a retração da atividade doméstica, sobretudo da indústria, que na Bahia já recuou 6% e a alta do dólar.

A queda nas importações se acelera desde agosto acompanhando a deterioração maior nas expectativas em relação à recuperação da economia. Até setembro, com exceção dos combustíveis, onde as compras de GNL – Gás Natural Liquefeito, utilizado pelas termoelétricas, continua em alta, há queda em todas as categorias de uso.

Com os resultados apurados até o mês de setembro, a Bahia ainda acumula um déficit de US$ 529,4 milhões em sua balança comercial, como resultado dos saldos negativos acumulados em seis dos nove meses de 2015. As exportações alcançaram US$ 5,94 bilhões e são 17,3% inferiores a igual período de 2014, enquanto que as importações foram de US$ 6,47 bilhões, estando também 3,2% menores se comparadas a jan/setembro do ano passado.